domingo, 6 de maio de 2018

Escovando os dentinhos passo a passo


Iniciando a escovação 
Até os 6 meses, realizamos a  limpeza da boquinha da Amanda com gaze umedecida com água filtrada. Massageávamos a gengiva suavemente, a limpeza também pode ser feita com uma dedeira, só não pode esquecer que após utilizá-la é  preciso lavá-la e esterilizá-la .
Além de remover restos de leite, o objetivo também é prevenir a estomatite.  A estomatite é um vírus que se aproveita de uma baixa imunidade da criança, causando feridas na boca e garganta que parecem aftas. Quando isso acontece, a criança baba muito e fica com grande dificuldade de se alimentar. A Amanda sofreu bastante com estomatite.
A primeira ida ao odontopediatra pode acontecer a partir do terceiro mês, mas não deve passar do primeiro ano.Iniciamos a escovação propriamente dita na Amanda assim que nasceu o seu primeiro dentinho, com 8 meses, existem modelos específicos de escova para cada faixa etária, basta checar a indicação na embalagem. A quantidade de cerdas, que sempre devem ser macias, e o tamanho da cabeça evoluem de acordo com o aparecimento dos dentes.
Na maioria das vezes a  troca da escova deve ocorrer mensalmente, no caso da Amanda as cerdas acabam ficando muito abertas, pois ela morde a escova quando estamos escovando, neste caso acabamos trocando a escova a cada 20 dias.
Quando escovamos os dentes levamos a Amanda junto para que ela nós veja escovando, oferecemos uma escova infantil  a ela de presente e ela tentava nos imitar.
Realizamos as seguintes etapas: 
  1. Brincando com uma escova na boca
  2. Praticando a escovação sem pasta dental
  3. Escovando com um creme dental sem flúor ou com flúor após os 36 meses de idade.
Escovamos os dentes dela depois das refeições e antes de dormir, essa rotina se transforma em hábito e escovar os dentes, passa a ser divertido, colocamos pouca pasta para que ela evite de engolir .
Nos posicionamos atrás dela, apoiamos sua cabeça na nossa barriga e seguramos o queixo da princesa. Ela já abre a boquinha e realizamos a sequência abaixo, foi a melhor maneira de conseguir escovar todos os dentinhos dela. Por último fazemos caretas com a língua para fora e realizamos a escovação da língua.
Para facilitar:
  1. Use uma pequena quantidade de creme dental com flúor. ( após 36 meses)
  2. Primeiro limpamos as superfícies internas dos dentes, é aonde a placa se acumula mais.
  3. Escove suavemente para frente e para trás.
  4. Escove todas as superfícies dos dentes voltadas para a bochecha.
Como escovar - Abaixo com figuras 
1. Com a escova paralela à linha da gengiva, faça, durante dez segundos, movimentos circulares em grupos de quatro dentes.
ilustração_passo1 (Foto: Pablo Mayer)
2. Em seguida, as cerdas devem deslizar da gengiva para a ponta dos dentes, inclusive na superfície interna
deles
.ilustração_passo2 (Foto: Pablo Mayer)
3. Escove os dentes do fundo com movimentos de vai e vem (trenzinho).
ilustração_passo3 (Foto: Pablo Mayer)
4. Por fim, passe a escova nas bochechas e na língua, pois ali ficam bactérias capazes de causar mau hálito.
ilustração_passo4 (Foto: Pablo Mayer)
Beijos        Simone Santiago Marques

domingo, 22 de abril de 2018

Obesidade e síndrome de Down


Meninos e meninas com necessidades especiais precisam de atenção redobrada com a alimentação diária, mas nada tão diferente de qualquer outra criança. Os pais e responsáveis devem evitar sempre que possível oferecer alimentos industrializados e preferir produtos naturais e um cardápio colorido e variado.
Segundo a pediatra Ana Cláudia Brandão, responsável pelo Programa de Síndrome de Down do Hospital Israelita Albert Einstein em São Paulo e colaboradora do Movimento Down, o primeiro cuidado é com a quantidade de comida ofertada.
Segundo ela, as crianças que têm a síndrome necessitam de menos ingestão calórica do que as que não têm. “Se ela comer a mesma quantidade que um amigo da mesma idade, vai ganhar mais peso que o colega”, enfatiza Ana Cláudia Brandão.
O sobrepeso e a obesidade são mais comuns nas crianças com Síndrome de Down do que na população em geral. “É mais frequente por conta do erro alimentar. E quando a criança chega à adolescência já obesa, a chance de vir a ser um adulto obeso é muito grande, o risco de insucesso no tratamento da obesidade é maior”, explica a pediatra. O cuidado com a alimentação desde os primeiros meses de vida é, portanto, importante, assim como em crianças sem necessidades especiais.
A alimentação precisa ser variada, saudável, com mais alimentos naturais. . O que faz diferença é tomar cuidado com a quantidade e oferecer uma dieta rica em fibras e em água, já que é comum essas crianças terem prisão de ventre”, diz Ana Cláudia.
Também é importante que as crianças tenham uma alimentação rica em vitaminas e substâncias antioxidantes. Isso porque o organismo delas sofre mais ação de oxidantes que aceleram o envelhecimento das células. Em boa parte dos casos, uma alimentação balanceada basta para suprir tudo o que a criança necessita. Nesses casos e em outras crianças com dificuldades de aceitação alimentar balanceada, esta possível dificuldade deve ser tratada com o pediatra e até com o nutricionista.
Ana Cláudia lembra que a atividade física é essencial . A pediatra orienta os pais a incentivar os filhos a praticarem atividades físicas e, sempre que possível, fazerem as atividades junto com eles. Fonte
Beijos  Simone Santiago Marques

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

O que é Galactosemia, sintomas, tratamento, tipos, diagnóstico


O que é Galactosemia?

A galactosemia é uma doença em que o organismo não metaboliza a galactose em glicose, fazendo com que a atividade enzimática sofra deficiência. A galactose é encontrada no leite humano, no leite bovino e em outros alimentos derivados lácteos.
A galactose livre ainda pode ser encontrada em frutas, como banana, tomate e maçã. O monossacarídeo se forma a partir da hidrólise da lactose (açúcar do leite). A sua função principal é energética.
A doença é genética, e por isso, não há cura, na maioria das vezes. No Brasil, a estimativa é que a cada 20 mil pessoas, uma possui a galactose. É o segundo país que mais sofre com a doença, perdendo apenas para a África do Sul. E as pessoas podem identificar a doença a partir do nascimento.

Causas

A doença é hereditária, passando de pais para filhos, e essa é a sua causa principal.
Homens e mulheres podem sofrer da doença. Pessoas brancas possuem chance maior de ter a doença do que pessoas de outra raça.
Pela dificuldade de metabolizar o monossacarídeo, a galactose se acumula e acaba provocando problemas à saúde, que podem afetar o cérebro, rins e fígado.

Quais são os tipos de Galactosemia?

A galactosemia se manifesta de diversas formas, elas são:

Galactosemia do tipo 1:

É a forma mais comum da doença e a que traz mais problemas à saúde. É conhecida também como galactose-1-P uridil transferase (GALT).
As pessoas que possuem esse problema precisam ser tratadas rapidamente, pois se isso não acontecer, problemas hepáticos, renais, oculares (catarata), neurológicos e até mesmo a insuficiência de ovários precoce (em mulheres) pode surgir.

Galactosemia do tipo 2:

Nesse tipo, há defeitos da enzima galactoquinase, fazendo com que a galactose acumule, causando problemas oculares ao paciente.

Galactosemia do tipo 3:

É a forma mais rara. É causada pelo defeito da enzima uridil difosfo galactose-4-epimerase.

Variante Duarte:

É a atividade parcial da GALT e pode ocorrer em diversos variantes, mas a mais comum é a Duarte. Nesse caso, o paciente apresenta um alelo Duarte e um clássico, causando uma atividade enzimática que corresponde a 25% da normal.
Pacientes que possuem dois alelos Duarte aumentam para 50% da atividade enzimática normal.

Outros tipos:

Existem outros tipos que não possuem sintomas e são benignos, não trazendo problemas à saúde.
 

Os sintomas da Galactosemia

É muito comum que os sintomas surjam ainda quando o bebê for recém-nascido. Isso ocorre por conta do leite materno, ou pela alimentação que contenha leite bovino ou derivados dele.
Ao perceber os principais sintomas, é necessário fazer uma consulta ao médico, principalmente se já houver casos de galactosemia na família.
Além disso, após o nascimento do bebê o teste do pezinho é realizado para detectar a galactosemia e outras diversas doenças que podem ocorrer no recém-nascido.

Tratamento para Galactosemia

Os principais sintomas da doença são:
  • Convulsão;
  • Irritabilidade;
  • Letargia;
  • Ânsia e vômitos;
  • Bebê que recusa a mama;
  • Peles e olhos amarelados (icterícia);
  • Insuficiência no ganho de peso;
  • Ascite;
  • Aumento no tamanho do fígado.

Fatores de risco

O único fator de risco existente na galactosemia são os fatores hereditários e genéticos.

Como se dá o diagnóstico da Galactosemia

Os médicos indicados para diagnosticar o problema são:
 
  • Pediatras;
  • Nutricionistas;
  • Neurologistas;
  • Oftalmologistas;
  • Endocrinologistas;
  • Metabologista;
  • Clínico geral.
O médico consultado irá fazer perguntas de rotina e investigará os sintomas para determinar qual é a doença. Além disso, alguns exames podem ser solicitados para que haja precisão no diagnóstico:
  • Verificar a atividade enzimática das hemácias do sangue;
  • Hemocultura por infecção da bactéria E. colis;
  • Mediação das enzimas relacionadas ao metabolismo de galactose.
Após a realização dos exames e da conversa com o doutor, ele poderá dar o diagnóstico correto. Logo após isso, o tratamento deve ter início para que os sintomas cessem.
Esses citado acima são procedimentos realizados com crianças e adultos, mas ainda há o diagnóstico que pode ser feito em recém-nascidos ou ainda em bebês que ainda não nasceram.
Durante o período pré-natal, pode ser realizado o exame de amniocentese. Ele consiste em retirar um líquido da barriga da mãe e, a partir desse líquido, o teste de galactosemia pode ser realizado.
A principal forma de tratar a galactosemia é tirando alimentos que contenham galactose e lactose da dieta alimentar, como leite materno, bovino, em pó e derivados.
Restringir esses itens já melhora muito a vida do paciente mas, ainda assim, alguns efeitos colaterais podem surgir, como disfunções do ovário, distúrbios da fala e deficiência no aprendizado.

Complicações

Se a galactosemia não for tratada corretamente, problemas graves de saúde podem surgir, como:
  • Cirrose hepática;
  • Atraso no desenvolvimento da fala;
  • Menstruação irregular;
  • Atraso neurológico
  • Catarata;
  • Infecções por bactérias;
  • Tremores e funções motoras incontroláveis.

Como conviver com o problema?

Pacientes que possuem a galactosemia devem ter uma alimentação restrita. Não ingerir leite e seus derivados, seja humano, bovino ou em pó. Nesses casos, é fundamental que o paciente e seus familiares fiquem sempre atentos aos rótulos dos alimentos, para evitar o consumo, visto que grande parte dos alimentos possui leite.
Para que os pacientes consigam ter uma alimentação boa, algumas alterações podem ser feitas, por exemplo: se alimentar de leite de soja ou então a base de carne. Suplementos de cálcio também serão recomendados ao paciente, pois o leite é uma das maiores fontes da substância.

Prevenção

Não há como prevenir a galactosemia, pois se trata de uma doença hereditária. O que pode ser feito é, sabendo de algum familiar que possui, realizar exames desde o nascimento para que o diagnóstico seja dado rapidamente para que o paciente não sofra com os sintomas.
É sempre importante estar atento aos sintomas, para que, ao primeiro sinal, você já possa contatar o seu médico e tratar logo o seu problema, seja qual for. Manter a saúde em dia é a melhor forma de viver mais!
Beijos  Simone Santiago Marques

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Plasticidade cerebral e poda neural : Compreenda a conexão com o TEA


Como funciona o cérebro de uma pessoa no Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)? Essa é uma pergunta que vem sendo alvo de inúmeras pesquisas em todo o mundo. Os cientistas têm procurado compreender os mecanismos que possam estar ligados à essa “desordem neurológica” que caracteriza a condição de autismo, gerando desafios sociais, de comunicação (verbal ou não) e comportamentais.
No primeiro ano de vida de um ser humano o cérebro forma os circuitos neurais. Essa “rede”, que se assemelha a uma teia de aranha, é repleta de ligações entre os neurônios – as chamadas sinapses -, sendo a responsável por conduzir a informação que transita entre o cérebro, sistema nervoso central e organismo. Nesse período do desenvolvimento infantil, a criança possui o dobro de sinapses que um adulto. Isso ocorre porque o cérebro lança circuitos para inúmeras atividades, já que não conhece o estilo de vida que levaremos. Como uma espécie de reserva extra.
Com o tempo, na medida em que o indivíduo recebe estímulos de aprendizagem e desenvolvimento, o cérebro passa a reconhecer quais conexões têm sido utilizadas com maior frequência e reforça esses circuitos na forma de memória. Os recursos que não são utilizados vão sendo desativados. A essa exclusão, dá-se o nome de “poda neural”, um processo que ocorre dentro do cérebro, que resulta na redução do número total de neurônios e sinapses. Esse “corte” acontece inúmeras vezes ao longo da vida, sendo mais intenso próximo aos 3 anos de idade e na adolescência, o que é benéfico para o bom funcionamento do cérebro.
Ao passo que algumas conexões vão sendo desligadas, outros neurônios vão surgindo. Isso acontece devido a plasticidade cerebral (ou neuroplasticidade), que pode ser definida como a capacidade adaptativa que o cérebro possui de se regenerar ao longo da vida, estabelecendo novas sinapses. A neuroplasticidade se trata disso. A ideia de que o cérebro está em constante mutação, adequando-se conforme a aprendizagem, o comportamento, meio ambiente e aos processos neurais. Algumas décadas atrás, as pessoas acreditavam que, uma vez que o cérebro foi formado, era isso. Nada mais acontecia. Hoje já é sabido que esse é um processo contínuo.
É como se fosse um arbusto ou uma árvore frutífera, por exemplo. Para que cresçam fortes é preciso que sejam podados de tempos em tempos, regenerando folhas, galhos e frutos.
Mas, o que isso tem a ver com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)? Acredita-se que nesse processo de regeneração e poda pode haver alguma falha, responsável pelo surgimento de distúrbios de aprendizagem e neuronais, como o autismo. Essa dita “conectividade anormal” pode fornecer uma justificativa para a dificuldade em assimilar novas habilidades, como falar e andar, por exemplo.
Em 2014 um importante estudo realizado por neurocientistas no Centro Médico da Universidade de Columbia – que foi publicado na revista científica Neuron, trouxe à luz uma nova perspectiva quanto ao funcionamento do cérebro de um autista. A pesquisa demonstrou que as crianças com TEA possuíam um excesso de sinapses – as conexões entre as células cerebrais, o que segundo o artigo ocorreria devido a uma ineficiência no processo de poda neural durante o processo de desenvolvimento cerebral. Devido a esse fato poderiam ocorrer os déficits neurológicos comuns no autismo.
Com base nesse achado, os cientistas relataram que pode ser possível futuramente haver um tratamento que restaure e normalize a atividade da poda sináptica, podendo controlar ou reduzir os comportamentos típicos de quem está no espectro.
Novos horizontes
No final de 2017 mais um estudo liderado por brasileiros demonstrou um importante avanço na busca por expandir conhecimento no universo do TEA. Dessa vez os pesquisadores foram além da análise da atividade dos neurônios. Eles verificaram que outro importante grupo de células do cérebro chamadas “astrócitos” possui papel fundamental no funcionamento do sistema neuronal, sendo peça-chave para compreender o mecanismo do espectro e, assim, contribuir com o aperfeiçoamento do tratamento para o distúrbio, de maneira personalizada.
“Estas células são responsáveis por sustentar e nutrir os neurônios e estão envolvidos em diversas atividades cerebrais. Além disso, eles regulam a concentração de diversas substâncias do sistema neuronal, tendo assim potencial para interferir nas funções cerebrais de quem tem o espectro autista”, esclarece a autora principal, a neurocientista Fabiele Russo, que também é a idealizadora do portal NeuroConecta. Com isso percebeu-se que não deve se focar apenas em testar drogas direcionadas para tratar neurônios, mas também para os astrócitos. Fonte
Beijos  Simone Santiago Marques

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Características e estratégias para estimular o desenvolvimento em sala de aula


Apesar do comprometimento intelectual e da tendência de permanecer por mais tempo no estágio silábico, muitas crianças com síndrome de Down conseguem se alfabetizar.
Para tanto, o planejamento das atividades não deve ser feito em função das limitações delas, mas sim com a intenção de explorar habilidades de todas. Consequentemente, a escola precisa:
– Ter uma proposta pedagógica que contemple o planejamento didático-metodológico, com currículo adaptado e recursos diferenciados;
– Implementar ações de parceria com profissionais e serviços de Atendimento Educacional Especializado (AEE);
– Investir na formação dos professores.
A partir daí, considerando que alterações de fala e linguagem oral, comprometimento na memória de curto prazo e nas habilidades motoras finas, dificuldade de organização e sequenciamento de informações trazem, como consequências, um atraso na aquisição da linguagem escrita e leitura, cabe a cada professor:
– Inserir uma rotina em sala de aula (entre outras opções, o ideal é um fazer um quadro de horários, somente para explicar à criança portadora da síndrome a sequência dos acontecimentos, sempre lhe dando o tempo necessário para que assimile e mantenha o combinado);
– Selecionar os objetivos que pretende alcançar, dividindo-os em pequenos passos;
– Verificar os conteúdos e habilidades já adquiridos na pré-escola;
– Certificar-se de que habilidades, como independência e cooperação com colegas, possam ser desenvolvidas;
–  Usar material familiar e significativo (de preferência, abusando sempre do concreto);
–  Implantar repetições e reforços adicionais (o mesmo conteúdo deve ser trabalhado em diferentes contextos e as informações sempre repetidas);
– Escolher o nível de apoio apropriado (cuidador, colega, estagiário etc.);
–  Utilizar abordagem multissensorial (explorando todas as vias de entrada: ver, copiar, fazer, sentir etc.);
–  Falar de uma forma simples e familiar, usando palavras já conhecidas;
–  Assegurar-se de que os significados ou tarefas foram entendidos pela criança;
–  Empregar recursos adaptados como lápis e linhas mais grossas, papéis quadriculados etc.;
–  Pedir à criança, caso seja alfabetizada, grifar a resposta correta para localizá-la mais facilmente (se ainda não alfabetizada, a sugestão é que solicite apenas que complete os espaços com frases curtas em vez de escrever todo conteúdo);
–  Trabalhar com colagem de letras ou palavras prontas para que o portador da condição sequencialize as ideias;
–  Utilizar jogos de computador para que a criança reconheça palavras e as arraste com o mouse;
–  Incentivar o discente a escrever sobre temas de seu interesse e conhecimento;
–  Explicar que nos momentos de copiar da lousa o mais importante é selecionar o conteúdo;
–  Estimular a participação da criança nas diversas atividades desenvolvidas;
–  Apresentar as regras e cobrar padrões adequados de comportamento dos demais alunos da turma.
A linguagem tida como a capacidade humana para compreender e usar um sistema complexo e dinâmico de símbolos convencionados, a linguagem representa um dos aspectos mais importantes a ser desenvolvido por qualquer criança, inclusive as com síndrome de Down que, por sua vez, ainda apresentam:
–  Atraso para começar a falar ou ausência da fala;
– Vocabulário restrito (com poucas palavras);
– Trocas, omissões ou distorção na articulação das palavras;
– Pausas no discurso ou repetição de sons;
– Produção de frases curtas com estruturação sintática simples;
– Dificuldade de compreensão.
Consequentemente para estimular a linguagem entre elas, é necessário:
– Incentivar o uso da expressão oral;
– Evitar atender solicitações gestuais;
– Escutar calma e cuidadosamente o aluno;
– Fazer contato visual (ao conversar, o ideal é olhar nos olhos do aluno, abaixando-se para ficar da mesma altura dele);
–  Verificar o grau de compreensão do discente;
– Evitar completar frases até que a criança conclua seu raciocínio, dando-lhe o tempo que for necessário para tanto;
– Usar linguagem simples e familiar, além de frases curtas e claras, quando conversar com portadores da condição;
Orientar os pais no sentido de:
a) aproveitar os momentos da rotina (como escovar os dentes, tomar banho, almoçar etc.) para ensinar ao filho novas palavras, preferencialmente, usando material concreto para estabelecer uma associação entre ele e seu respectivo nome.
b) procurar tratamentos e terapias, em especial à estimulação precoce com fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo que contribuem significativamente para o desenvolvimento motor, cognitivo e linguístico dos indivíduos, ao proporcionar a eles uma melhor qualidade de vida e desempenho social.
Marília Piazzi Seno
Fonoaudióloga e psicopedagoga, além de atuar na Secretaria Municipal da Educação de Marília, cidade do estado de São Paulo, ela também presta consultoria e assessoria escolar .Para contatá-la, envie um e-mail para: mariliaseno@hotmail.com.  Fonte
Beijos  Simone Santiago Marques

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Equoterapia auxilia na recuperação de problemas físicos e psicológicos


Extremamente sensível ao movimento, o cavalo é um animal dotado de uma capacidade de afeto muito especial e é utilizado na terapia animal para regenerar a saúde de crianças e adultos que passam por problemas físicos e neurológicos. A equoterapia, método multidisciplinar que abrange as áreas da saúde, educação e equitação, pode alcançar resultados muito expressivos no tratamento.
O método não é novo. A riqueza terapêutica dos cavalos foi descoberta na Grécia antiga, mas somente em 1989 foi reconhecida no Brasil por meio da Associação Nacional de Equoterapia (Ande-Brasil), que busca estimular e apoiar a implantação de centros da terapia.
De acordo com Zan Mustacchi, professor e doutor do Centro de Estudos e Pesquisas Clínicas de São Paulo, o modelo de relação entre a ciência e a terapia animal tem origem em um vínculo de interação que reporta aos princípios da evolução humana. “Hoje, com os princípios do domínio da biomecânica animal, é possível caracterizar a importância e a necessidade de vincular e estabelecer alguns movimentos, beneficiando e acelerando o processo de maturação neuronal dos pacientes”, diz.
O benefício é bilateral: os animais se sentem úteis, e os pacientes parecem ter uma vontade maior para se recuperar. Além do auxílio nas limitações físicas da patologia, a equoterapia promove melhorias em quadros depressivos e transtornos de humor.
Hoje, o Brasil tem cerca de 280 centros de equoterapia, de acordo com a Ande. Nos últimos anos, o método vem ganhando destaque e, com isso, cresce a utilização de atividades equestres como auxílio terapêutico. Fundadora da Associação de Equoterapia Educacional Texas Ranch, Elizabeth Monteiro Melani ressalta que “apesar da ascensão, poucos têm o comprometimento. É preciso estrutura e equipe capacitada. Muitos estão visando o dinheiro, não o tratamento”.
Ela explica como é o processo antes de iniciar a terapia em sua ONG. “Primeiro a criança passa por uma avaliação completa, com fisioterapeuta, psicopedagoga e psicóloga. Pega todo o histórico da criança, da gestação até chegar ao centro.
Depois, já sai de lá com a ficha para levar ao seu médico e ele vai dar a autorização ou não”. Mesmo que o médico indique a equoterapia para o paciente, primeiro ele deve passar pela avaliação, e a equipe é soberana para decidir pelo tratamento. A Texas Ranch conta com três fisioterapeutas, uma psicopedagoga, uma psicóloga, instrutor de equitação e fonoaudióloga que atende esporadicamente.
Para cada patologia existe o cavalo e a série de exercícios adequada. Na Texas Ranch, as sessões normalmente duram trinta minutos, uma vez por semana. A primeira etapa é a interação com o animal. “A criança vai se aproximar, escovar, acariciar, alimentar e isso vai criar um trabalho psíquico”, afirma Elizabeth. “Primeiro, ela vai ver o cavalo de baixo para cima, então, quando ela montar vai ser uma superação muito grande.
É um estímulo fantástico quando eles se enxergam naquela coisa que era assustadora. Aí já começa a ter ganhos”. Segundo ela, em uma sessão, o cavalo tem cerca de 180 oscilações, o que mexe com diversos músculos do praticante. “Tem crianças que saem dormindo de tanto estímulo que receberam”.
Maria Valentina, praticante da equoterapia no Projeto Caminhar, em São Paulo, teve o quadro de saúde alterado após começar o tratamento. Tina, como é carinhosamente chamada pela mãe, Patricia Casanova, nasceu de 25 semanas, o equivalente a cinco meses e meio de gestação. Tinha 710 gramas, o que gerou complicações de saúde. Entre os problemas do nascimento prematuro, está a hemorragia cerebral de grau 1, que mesmo completamente absorvida, ocasionou sequela motora em Tina.
Hoje, com três anos e quatro meses, Valentina passa por tratamento global, mas a equoterapia tem sido essencial para o equilíbrio, postura e marcha da criança. “A grande evolução de Tina se deu quando ela começou a andar de maneira confiante, por volta de dois anos de idade.
A equoterapia, juntamente com a bota ortopédica, permitiu que o andar equino (na ponta dos pés) fosse suavizado, fazendo com que ela conseguisse colocar os pés totalmente no chão, propiciando o equilíbrio”, afirma a mãe.
A Texas Ranch é certificada pela Ande-Brasil. A associação atende de segunda a quinta-feira pacientes do convênio que possui com a prefeitura de Itapecerica da Serra. Crianças bolsistas e apadrinhadas por empresas são atendidas nos outros horários.
No Projeto Caminhar, o atendimento funciona às segundas-feiras, das 8h ás 17h. Informações podem ser obtidas pelo e-mail: lianaequoterapia@gmail.com  fonte
Beijos  Simone Santiago Marques

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Comercial de Natal Sadia - uma história repleta de solidariedade


A Sadia, marca icônica do Natal e presente na vida dos brasileiros há 73 anos, lança uma história natalina que tem como objetivo disseminar o sentimento dessa época.
A campanha criada pela F/Nazca Saatchi & Saatchi traz uma mensagem positiva de amor ao próximo e gratidão, em que a marca reforça sua tradição no Natal e relação com os consumidores.
O filme tem um enredo cinematográfico e, diferente de outras produções da marca, não traz uma mensagem de produto, mas a história de uma menina com síndrome de down, que está treinando para participar da grande corrida de natal da escola.
Durante esse tempo, sem que ela perceba, conta com a ajuda de seu vizinho, que tem apenas seu cachorro como companhia.
Com um desfecho cativante, o conto é uma história repleta de solidariedade e que promete emocionar do início ao fim. “Como marca símbolo do Natal, principalmente por oferecer a grande estrela da ceia – o Peru, a Sadia tem o papel de manter o brilho dessa data aceso.
"Contando essa história, queremos não apenas levar o Peru para a ceia, mas espalhar o espírito do Natal nos corações e nas casas de todos”, conta Erica Migales, gerente executiva de marketing da Sadia.
Farão parte da campanha um filme dirigido por Claudio Borrelli da Killers e diversas ativações no digital, como um hotsite próprio com um botão para compartilhamento do vídeo pelo whatsapp.
Além disso, a novidade está na criação de cartões de Natal personalizados, para tornar a mensagem mais pessoal e transmitir o espírito natalino para aqueles que amam. O vídeo terá duas versões: uma de 2’30” para TV e digital e outra com 3’20” que será veiculada em salas de cinema.
Fabio Fernandes, presidente e diretor geral de criação da F/Nazca, completa: "O espírito de Natal, muito além do seu significado religioso, inspira a reflexão sobre valores, amizade, solidariedade, afeto gratuito.
A Sadia queria falar sobre isso, por isso buscamos essa linguagem, que tenta despertar o melhor que existe nas pessoas e que aflora em uma data como esta.
Com essa campanha, que traz a assinatura “Natal não é isso? Fazer alguém se sentir amado?” a marca incentiva que o espírito natalino esteja presente em todos os dias do ano, ou seja, que as pessoas se sintam amadas e compartilhem esse sentimento, independentemente de suas diferenças e vivências distintas. Fonte 

Amei!!! Beijos  Simone Santiago Marques